PASTOR ALEMÃO

Dizem que a raça teria origem no cruzamento de diversos tipos de cães pastores da Alemanha, ou que teria sido fruto dos encontros espontâneos de fêmeas pastoras e lobos. O certo é que os primeiros Pastores Alemães de pêlo longo foram apresentados em Hanover, em 1882, e a variedade de pêlo mais curto em Berlim, em 1889.
O padrão da raça foi definido em 1899, por Max Von Stephanitz, que também fundou a Sociedade Alemã de Cães Pastores Alemães (Verein für Deutesche Schaferhunde, ou simplesmente SV). Esses padrões pouco mudaram ao longo dos anos e não variam, pois todos os países seguem as diretrizes da SV. Segundo a história, Von Stephanitz foi o grande responsável pela divulgação da raça, preocupando-se em mantê-la popular, já que o trabalho de pastoreio, por cães, estava em declínio. Teria sido justamente ele o primeiro a valorizar as grandes qualidades de guarda dessa raça.

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, Pastores Alemães foram recrutados como cães mensageiros, e muito usados para descobrir os esconderijos dos soldados inimigos. Sua habilidade e sua lealdade contribuíram para que esse magnífico animal alcançasse fama mundial e, com o decorrer da guerra, passasse a ser usado pelos dois lados do conflito. Devido a sua lealdade, força, incansável disposição para o trabalho, coragem e aparente capacidade de desenvolver suas próprias estratégias para avançar no campo inimigo, eram também usados largamente pela Cruz Vermelha nas operações de busca e salvamento das vítimas em combate. Quando a guerra acabou, esses cães já tinham conquistado a admiração e o coração de todo o mundo. Na Inglaterra, devido ao grande rancor guardado por tudo que viesse da Alemanha, a raça foi rebatizada como Cães Pastores da Alsacia ou Cães Alsacianos.
Para diminuir a possível fama de "cão nazista", no início dos anos 1920 surgiu o Rin Tin Tin, que encantou inúmeras gerações com suas proezas, inteligência, bravura e lealdade.
Era então a vez da Segunda Grande Guerra, e mais uma vez os Pastores Alemães estavam presentes, inclusive participando de missões muito nobres — mas também muito cruéis. Nessa época, os Alemães usavam os cães na linha de frente de combate, atacando inimigos e detonando minas e bombas.
Extremamente adaptável, o Pastor Alemão pode suportar mudanças de temperaturas, vivendo bem em países de clima muito quente ou muito frio. Também é capaz de andar por diversos tipos de terrenos e geografias, horas seguidas, sem se cansar ou se machucar. Aliás, essa facilidade de se adaptar a todo tipo de desafio é um dos motivos pelo qual os Pastores Alemães são tão empregados no serviço policial de todo o mundo.